Friday, March 10, 2006

Memórias de um recém-nascido.

Mais um dia que passa, mais uma folha que cai1, mais uma sobrinha que nasce2, “and yet, I haven’t aged” an hour!!!3

Brincadeiras à parte, a verdade é que o nascimento de uma criança – ainda mais quando esta faz parte da família – faz-me sempre recordar algumas histórias que sempre ouvi a minha mãe contar sobre o dia em que este que vos “fala” viu pela primeira vez a luz do dia. É sobre duas situações passadas nesse dia que vos vou falar hoje.

A primeira situação pode-vos parecer mais um daqueles mitos urbanos, daquelas histórias que se contam mas ninguém sabe ao certo se aconteceram ou não. Eu, pelo menos, prefiro acreditar que ela se passou tal e qual como sempre a ouvi.

Quando nasci, tinha uma farta cabeleira que logo a parteira se encarregou de “pentear” com as mãos nos breves minutos em que me teve nos braços, antes de eu ser levado para o berçário. E lá fui eu, um bebé quase nobre, para o meio de todas aquelas crianças birrentas e sem qualquer tipo de pedigree. Enfim, provações que um recém-nascido de sangue quase azul tem que passar sem hipótese possível de defesa devido à sua condição de mero projecto de gente. Felizmente, por esta altura, já o meu nobre pai, se desunhava para arranjar um quarto onde pudesse ter uma recepção digna a este mundo, nos braços da minha mãezinha.
Voltando ao que interessa… Algumas horas depois (digo eu, porque dessa parte já não me lembro o que reza a história), eis que Maria de Fátima, ouvindo um choro, chama um enfermeira dizendo-lhe para ir ver o que se passava comigo. Como é óbvio, esta fez troça dela: como é que ela poderia saber se era eu a chorar, no meio de tantos! Qualquer um faria o mesmo, penso eu. Pois bem, sei-vos dizer que, minutos depois, a dita profissional de saúde4 volta e diz que quem chorava era um bebé muito bem penteado…

A outra história que tenho para contar tem a ver com a minha altura e é bem mais rápida. Como devem calcular não tive sempre 1,80 m como tenho hoje, aos 20 anos (caluda!!). No entanto, nasci com 4.750kg, não por ser gordo mas por ser um bebé pró “espigadote”. A certa altura, já eu tinha sido mudado para os meus aposentos, a minha mãe nota que eu tinha alguns vergões marcados na nuca… Ela, que a primeira coisa que fazia quando nos pegava ao colo era verificar se estava tudo bem, se não haveria uma deformação qualquer, ficou para morrer… A partir daí ficou atenta e pôde esclarecer a origem dos vergões: eu, na realidade era maior do que o berço do hospital, pelo que, quando me espreguiçava, batia com a cabeça nas grades da cabeceira! Isso pode explicar muita coisa, realmente…

Espero sinceramente que a Inês recorde com um grande sorriso as histórias do seu nascimento, como eu ainda hoje recordo os meus. Uma vida cheia de felicidade é o que eu lhe desejo! Que contes muitos e que eu veja!

1- Sei que não é Outono, mas “prontes”… foi o que se pôde arranjar.
2- Prometo que não vos vou secar por muito tempo com as referências à minha sobrinha linda! Digo que é linda mesmo sem nunca a ter visto, porque não pode ser feia. A tendência genética para a beleza é forte (pelo menos da parte materna. Não conheço a família paterna da pequena Inês… só mesmo o meu cunhado)! LOL
3- Aqui vai uma homenagem sentida à minha Carrie Bradshaw e às suas frases fantasticamente carregadas de humor. Para mais informações sobre a dita frase, consultar Sex and the City, série 6, episódio 12 (aos 7 minutos e 20 segundos, para ser mais preciso).
4- Para não repetir novamente enfermeira… Ups! Acabei por repetir! Alguém sabe um sinónimo de enfermeira?!

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