O Ninho
C’mé qué?
Lá diz o povo que, "Quem espera, sempre alcança."! Pois é bem verdade! Depois de horas, dias e meses a esperar sofregamente por uns dias de belo "pastanço", eis que eles chegaram! Se ter dois empregos é lixado, conseguir fazer coincidir as férias dos dois, é quase impossível mesmo! Mas desta vez, lá consegui ter uns dias totalmente isentos de carga horária, abençoados pelo coelhinho da Páscoa! Ehehehehehe!
Liberto de toda e qualquer responsabilidade ou encargo, fiz-me ao caminho em direcção ao ninho, que é como quem diz a terra natal: O Faial. No estado de estafa e stress em que estava, nada como um regresso às origens, lugar onde o repouso e a calma são dados adquiridos à partida. Afinal, por muito que gostemos de “brincar aos adultos”, nada como o colinho da mãe para recuperar forças. Não há nada que nos faça sentir mais protegidos do que amanhecer no quarto em que crescemos, acordados pelo cheirinho da comida da mamã que vem da cozinha.
Confesso que quando parti de férias, fi-lo com algum com algum receio. Seriam muitos dias (de 12 a 21 de Abril) longe do meu espaço, do meu quotidiano, dos meus amigos, enfim, da minha vida. Confesso que tinha medo que a emenda fosse pior que o soneto e que a tão necessária calma se tornasse motivo de mais stress.
E a verdade é que lá para o quarto dia, começou a despertar em mim uma certa inquietação, um certo nervoso miudinho. Tal com um viciado em recuperação, comecei a sentir falta do que havia deixado para trás. Podemos chamar-lhe o período de “ressaca”. No entanto, não tardou muito a fazer-se luz, na forma de um simples pensamento (sim, porque se pensarmos bem, às vezes a solução de muitos problemas – por muito graves que possam parecer – são, na realidade, muito simples). De repente, pensei na estupidez de querer aquilo que não seria possível de imediato: o meu regresso. Não é mais fácil aproveitar o que temos do que desejar o impossível? E assim, seguindo a máxima de “relax and enjoy” continuei o meu “retiro” na companhia daqueles que amo e a quem muitas vezes não dou o devido valor: a minha família.
E cá estou de volta ao meu cantinho, à minha ilha “corisca”, à qual eu chamo “casa” há quase onze anos, à vidinha do costume. Mas é bom saber que o ninho continua lá, sempre pronto a receber-me quando quiser e precisar de “recarregar baterias”.
Fui!
4 Comments:
Assim é que é! Espero que tenhas recarregado todas as baterias. :)
Acho bem que descanses porque daqui a uns dias tou ai...
A verdade, verdadinha, é que aqui o people já tinha saudades destes teus textos poéticos e deveras envolventes.
Mas também é verdade que o ninho é e será sempre o nosso ninho, e voltar às origens serve nem que seja para nos sentirmos especiais.
Bacci
Cat
Na minha terra há uma oficina que diz: Vandemos batarias Nauta". =) Espero que as tuas não sejam nauta!... Se voltaste ao ninho, isso faz de ti, uma catatua?! Não!!!... Então?!
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