Tuesday, May 30, 2006

Desafio da Semana: "Falsas Verdades"

Embora com uns dias de atraso (desculpem Pedrim e Joanim), cá está o meu contributo para o desafio da semana:
“A caminho de Siracusa disse Pitágoras aos seus netos, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.”

É esta a cantilena que muitos de nós decoram para memorizar o famoso teorema matemático, atribuído a Pitágoras. É aqui que reside a falsa verdade: Acontece que outros matemáticos, muito antes de Pitágoras, conheciam o teorema. Mas nenhum deles, até então, havia conseguido demonstrar que ele era valido para qualquer triângulo recto. Embora ninguém retire mérito a Pitágoras, que acabou por "validá-lo", não foi ele o seu inventor.
Ps- Os meus sinceros agradecimentos à minha amiga Raquel Noronha por me ter dado a dica para este post.

Marcas de Ayer

"O cantinho da Globo"

Inaugura-se hoje um espaço semanal dedicado às novelas da Globo. Depois de me perguntarem se o meu blog era sobre novelas, o que representa uma visão reducionista deste tão nobre espaço cibernético, decidi remeter as considerações, lembranças e comentários sobre esta minha paixão para um espaço próprio a ser editado periodicamente. Poderão surgir nesta rúbrica semanal, uma vez por outra, alguns posts aos quais eu decidi chamar de "Participação Especial", no qual o falarei de outras produções levadas a cabo por outras emissoras televisivas brasileiras. Espero que gostem!
O primeiro "O cantinho da Globo" traz-vos as cenas finais de uma novela que, sem dúvida, fez história e nos trouxe situações e personagens inesquecíveis. Confesso, e quem me conhece sabe disso, que mesmo que nao siga a história desde o seu início ou de forma regular, não perco o final de uma trama (mesmo que nao perceba patavina, como aconteceu com Kubanakan. Mas também, acho que, mesmo quem seguia nunca percebeu bem aquele enredo). É mais uma mania minha o que se há-de fazer?
De que novela vos falo hoje? Que personagens e situações inesqueciveis nos mostrou? Foi um final feliz ou infeliz? Nada como ver o vídeo abaixo para descobrirem. Estão à espera de quê?

Maria Guinot : Silêncio e tanta gente

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra
Ou um grito
Que nasce em qualquer lugar
Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito
Ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou
Às vezes sou também
O tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar
Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão
Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra
Ou um grito
De um amor por acontecer
Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história d'aquilo que sou

Saudades...

Saudades do "Patica"...
Saudades do Pludo...
Saudades da escola da canada...
Saudades de casa...
Saudades das novelas...
Saudades do "intelectual"...
Saudades do palco...
Saudades dos sonhos...
Saudades de mim...
Saudades da descoberta...
Saudades da aventura...
Saudades da Zebra...
Saudades dos "cangalhos"...
Saudades dos picos...
Saudades das estrelas...
Saudades do traje...
Saudades da praxe...
Saudades do bar...
Saudades dos amigos...
Saudades da Carla...
Saudades dos copos e das noitadas...
Saudades de "bezerrar"...
Saudades das cartadas...
Saudades das horas ao computador...
Saudades do palco...
Saudades dos sonhos...
Saudades de mim...
Saudades de São Miguel...
Saudades dos sonhos...
Saudades de mim...
Saudades do regresso...
Saudades dos reencontros...
Saudades do encontrar de novos amigos...
Saudades da Revelação...
Saudades do alívio...
Saudades da liberdade...
Saudades do eu "novinho em folha"...
Saudades das ilusões e desilusões...
Saudades da descoberta do amor próprio...
Saudades dos tempos em que perguntar aos amigos: "Vais sair?" significava: "Vais ao Karamba?"
Saudades das despedidas...
Saudades dos "ins"...
Saudades dos sonhos...
Saudades de mim...
"A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração."
(Henrique Maximiliano Coelho Neto - Romancista e contista brasileiro - 1864/ 1934)

Saturday, May 27, 2006

Insularidade

Açores, 2006
Há já uns dias que penso no conceito de "insularidade". Lado a lado com a humidade que se sente no ar, temos que lidar com ele nas mais variadas situações da nossa vida. Afinal, viver rodeados pelas belas e vastas águas do Oceano Atlântico tem muito que se lhe diga. Temos um governo autónomo (o que nem sempre é bom), produtos mais caros, viagens de avião a preços de ladrão (para não falar no facto de não termos acesso directo para a maioria dos destinos. E Bimba! Toca de juntar a viagem para lisboa às despesas das férias.), acesso restrito a eventos artisticos e culturais, etc, etc, etc... O verde da vegetação, o azul do mar, a beleza das lagoas, e a simplicidade das gentes... é tudo muito bonito e fica muito bem em qualquer spot publicitário, sim senhor! Mas, lá diz o povo "Entre o mar e a rocha, quem se lixa é o mexilhão".
Não é só a nivel da cultura, da politica, ou da economia que se verifica o peso da insularidade no viver açoreano. Esta também afecta um campo ainda mais importante: o das relações humanas. Quem é açoreano ou vive nos açores já se habituou às constantes "entradas" e "saídas" de pessoas no cenário da sua vida. Tudo é provisório, fugaz, passageiro... Passamos a vida a encontrar pessoas e a despedirmo-nos delas, como uma série televisiva de longa exibição em que o elenco é periodicamente renovado. Talvez por isso, o típico açoreano não tenha muita facilidade em abrir-se, em ganhar vínculos verdadeiramente fortes a nada ou a ninguém. A maioria habitua-se a encarar as coisas como elas são e adapta-se a isso. Afinal, num mercado de acções instável, para quê investir?
Eu sou açoreano e sempre vivi nos Açores. Também eu sinto a insularidade nos amigos que estão longe, nas peças de teatro que não vejo porque não são exibidas cá, ou na minha sobrinha que ainda não conheço porque vive em Lisboa. No entanto, não me considero tipicamente ilhéu nesse aspecto. Sou demasiado emotivo para isso (se calhar para meu próprio mal). Apego-me às pessoas e não me arrependo, mesmo que depois as veja partir. Para mim, a amizade nao se rege pela proximidade geográfica, pela frequência com que vemos as pessoas ou pela regularidade com que falamos com elas. Costumo dizer que os amigos e os membros da família são pedaços de mim, e é assim mesmo que sinto. Cada um deles, à sua maneira nos marca e molda. Cada um deles é um pouco responsável por aquilo que somos.
A todos vocês, meus amigos, em especial aos ausentes, dedico este post e o video que se segue. Faço minhas as palavras de Carrie Bradshaw.

Thursday, May 25, 2006

Coisa mai linda!

Há muito tempo que não vos dou notícias do mais novo membro do clã Serpa, a pequena Inês. A minha mais nova sobrinha está de boa saúde e conta já com mais de dois meses neste mundinho cão. Segundo diz a minha mana, está a crescer e a engordar a olhos vistos. Por sinal, o médico diz que se continuar assim, não tarda muito a começar a sua primeira dieta. Quando se é chique, nao há nada a fazer. Eheheheheh. Infelizmente ainda só a conheço por foto, mas acho que está cada vez mais linda. Não acreditam? Acham que sou suspeito por ser um tio babado? Ora confirmem! :P
Dona Inês de Serpa Gonçalves na hora do banho, como convém a qualquer fidalga!

Na hora da soneca.

Exibindo um penteado radical e a cara mais safada que já vi num bebé. Será que vai ser danada para a palhaçada como o tio?

Friday, May 19, 2006

Xica da Silva

Inspirado pelo blog do Joanim, decidi colocar no meu o video de abertura da novela Xica da Silva, que a Rede Manchete exibiu em 1997. Quanto ao enquadramento histórico, aos mitos que circundam a protagonista e à sinopse da própria novela, aconselho a leitura do post "Xica da Silva - A escrava que se fez rainha", disponivel no blog do Joanim: O link está mesmo aqui a lado. Deliciem-se a lê-lo e aproveitem o video.

Thursday, May 18, 2006

Dedicado ao Padrinho

Este post vai inteiramente dedicado à figura asquerosa que me tem feito a vida negra nos últimos meses (a mim e aos meus colegas lá na escola): o padrinho (aka Gato- vai-se lá saber porquê). Não achei melhor maneira de homenagear esta tão solenemente irritante personagem do que citar Schopenhauer, que escreveu sobre os escritores medíocres (entre outras coisas). É que o meu digníssimo vice-presidente tem a mania de corrigir as nossas actas, trocando palavras de uso corrente por outras de 100 euros.


"Os Escritores Medíocres
Essas mentes medíocres simplesmente não se conseguem decidir a escrever como pensam, pois acham que depois o resultado poderia adquirir uma aparência muito simplória. [...] Desse modo, apresentam o que têm a dizer com construções forçadas e difíceis, neologismos e períodos extensos, que circundam o pensamento e acabam por o ocultar. Oscilam entre o esforço de o comunicar e o esforço de o esconder. Querem guarnecer o texto de modo que ele adquira uma aparência erudita ou profunda, para que as pessoas pensem que ele contém mais do que se consegue perceber no momento da leitura. Sendo assim, esboçam partes do seu pensamento em expressões curtas, ambíguas e paradoxais, que parecem significar muito mais do que dizem; logo voltam a apresentar os seus pensamentos com uma torrente de palavras e uma verbosidade insuportável, como se fossem necessárias sabe-se lá que medidas para tornar compreensível o seu sentido profundo, enquanto, na verdade, se trata de uma ideia bastante simples, para não dizer até trivial."
Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Insultar"
Se realmente a reencarnação existe, Schopenhauer e o padrinho devem-se ter encontrado numa outra vida. A descrição do primeiro serve ao gatinho como uma luva. LOL

Thursday, May 11, 2006

Just a thought...

"Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens." (Pitágoras)

Wednesday, May 10, 2006

Alma Gémea

Ainda há quem diga que as novelas são folhetins corriqueiros que se destinam apenas a uma pequena parte da população. Há quem considere esse género televisivo como menor, mais pobre, destinado a um público intelectualmente mais desfavorecido. Quem já me conhece sabe que sou um acérrimo defensor das telenovelas (brasileiras e da Globo, note-se). Para além de uma bela forma de entretenimento, são, na minha opinião, veículos privilegiados de propagação de informações que podem ir desde a prevenção de doenças, à alerta quanto ao abuso de drogas, passando pela clonagem, o choque de culturas ou de niveis sociais. Todos os assuntos podem ser debatidos lá, desde que a trama seja bem arquitectada. E convenhamos, senhores e senhoras que acham que só quem vê novelas são pessoas de algum modo desfavorecidas, que melhor maneira de lhes divulgarmos essas informações do que usando algo que lhes entra em casa todos os dias? Correndo o risco de ser convencido, digo-vos que nao me considero muito desfavorecido a nível intelectual. E, mesmo assim acrescento: Já perdi a conta de tudo o que aprendi, sentado em frente a uma qualquer produção da Globo.
Um dos temas desenvolvidos recentemente tem um carácter mais espiritualista. Refiro-me, como já se devem ter apercebido pelo título deste post, a Alma Gémea cujo enredo girava em torno das teorias que envolvem a crença na Reencarnação. Quem me conhece sabe também que sou um ateu convicto. Não digo que me converti à crença, porque tal não aconteceu. Mas, como homem aberto a novas ideias, admito que a história me deu que pensar. A ideia de termos já vivido várias vidas, nas quais encontramos as mesmas almas, reencarnadas em tempos e circunstâncias diferentes é demasiado bela para ser simplesmente posta de parte. Já me declarei neste espaço fiel seguidor do sonho e da fantasia e, ainda que seja apenas a esse nível, gosto de pensar na remota possibilidade da minha vida (num sentido mais vasto) não ter começado no dia 27 de Janeiro de 1977. Ademais, a crença da reencarnação assenta no princípio de que uma alma encarna sucessivamente com a missão de se purificar, de evoluir. Conseguem pensar num objectivo melhor para a vida, que tantas vezes nos parece sem sentido?
Todas as teorias têm a sua razão de ser. Todas elas se baseiam em algum tipo de lógica, mesmo que nunca se venham a comprovar ou se provem falsas. E, neste caso, até percebo o porquê de haver gente que acredite piamente na reencarnação. Quantos de nós nunca nos sentimos "em casa" num sítio que visitamos pela primeira vez? Quantas vezes sentimos desde logo uma afinidade visceral com alguma actividade, ou com alguma pessoa? Quantos de nós, apesar de conhecermos alguém há relativamente pouco tempo, sentimos como se conhecessemos aquelas pessoas desde sempre? Que dizer das sensações de dejá vu? Como se explica que haja pessoas que se apaixonem à primeira vista? Quererá isto dizer que já vivemos noutros tempos, noutros lugares e convivemos com aquelas pessoas? Não é, nem nunca foi minha pretensão dar resposta a todas estas perguntas. William Shakespeare disse: "Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia." Será?
Acredite ou não que cada um de nós tem a sua "alma gémea", a sequência de imagens que nos deu a conhecer o destino dos protagonistas da novela tocou-me de alguma forma, nem que seja pela beleza do conceito e da própria cena. Convido-vos a assistir também no video abaixo. Caso já tenham visto, revejam. Vale sempre a pena!

Monday, May 08, 2006

Pallladim

A amizade é um dos sentimentos mais grandiosos que um ser humano pode sentir por outro. Ela não escolhe idades, credos, sexos, maneiras de pensar ou distâncias geográficas. Totalmente desinteressada (sim, assim deve ser a VERDADEIRA amizade), ela surge sem escolhermos por quem, e sem sabermos porquê. Pode nascer de uma convivência prolongada, ou simplesmente surgir com a mesma rapidez com que uma estrela risca o céu numa noite estrelada, com. Com os amigos partilhamos vitórias, choramos derrotas, celebramos sucessos, choramos tristezas, alegrias, e frustrações. Um amigo é aquele que nos oferece um ombro para chorar, aquele que nos ralha quando precisamos e aquele que se sente feliz apenas pelo simples facto de nós também o estarmos.
Este post é dedicado a ti, amigo Nuno.
Conhecemo-nos graças às maravilhas da tecnologia moderna, num qualquer serão em que vagava num dos muitos chats do mundo cibernético. Não vivia os melhores dias da minha vida. Estava longe do meu ambiente, isolado de todos os que me eram queridos, longe da terra a que me habituei a chamar de “minha terra”; chorava por alguém que não me merecia; sentia-me encurralado, triste e sozinho. Diz-se que um amigo surge quando mais precisamos, e isso aconteceu contigo. Ajudaste a tornar o meu exílio mais sofrível com a tua companhia.
Para dizer a verdade, já nem sei precisar há quanto tempo isso aconteceu. Que importa? A amizade não se mede em tempo. O tempo só serve para a fazer crescer. Juntos rimos tanto, chorámos tanto, falámos mal e bem, desabafámos, conspirámos, divertimo-nos e consolámo-nos mutuamente. Alegrámo-nos com a alegria do outro; entristecemo-nos quando o outro chorou. Depressa te tornaste para mim um amigo… mais depressa ainda te tornaste o meu irmãozinho do coração. Numa palavra: Adoro-te! Deixo-te aqui aquele que posso chamar de “nosso vídeo”, porque é de ti que me lembro todas as vezes que o vejo. Só não te pergunto se queres ser minha “alma gémea” porque já te considero uma delas. Mil vezes, obrigado!

Samantha

Palavras pra quê? Vejam o video! Ehehehehehe


Sunday, May 07, 2006

História Interminável


Há dias, o meu amigo Sérgim dedicou-me um post no seu blog. Nesse post, ele dizia que eu era, e passo a citar, uma "verdadeira Enciclopédia Globo - Novelas e Afins!!!". Adorei a denominação, mas esta exprime apenas uma parte da verdade. Sou uma enciclopédia com vários volumes, na qual uns 10 volumes são dedicados à globo. Mas a minha cultura televisiva também se estende a outros campos da "tele-evangelização", como diria a D. Rosette.
Neste post, vou abrir uma página de um outro volume: Filmes antigos. O filme que vos trago hoje chama-se História Interminável (Neverending Story). É engraçado como me lembro tão bem, não só do filme em si, mas também das circunstâncias em que o vi. Assisti-o durante uma aula de Língua Portuguesa, no 7º ano de escolaridade. Querem mais? Vi-o na sala 38 da minha antiga escola, que ficava perto do bufette. Eu sou assim, com boa memória para pequenas coisas. lol.
Deixo-vos, como é costume, uma pequena sinopse para relembrarem a história, ou para aguçar a curiosidade de quem ainda nao o viu.
"Solitário e tímido, Bastian entrega-se à leitura, descobrindo um velho livro intitulado 'A História Interminável'.Quando o começa a ler, descobre-se a ele próprio na terra da Fantasia, que está aos poucos a ser destruída pelo Nada. A Infantil Imperatriz de Fantasia, que está gravemente doente, manda um jovem guerreiro, Atreyu, com a missão de salvar Fantasia. À medida que Bastian lê as aventuras de Atreyu, torna-se também parte da história, descobrindo que só ele afinal tem o poder para salvar Fantasia da destruição. " (fime de 1984)
Este filme, apesar de, aparentemente, ser um filme para crianças, é um verdadeiro hino ao sonho. No fundo, transmite-nos uma mensagem sobre a importância de mantermos a capacidade de fantasiar que temos enquanto crianças e que vamos perdendo, pouco a pouco, ao longo da vida. O Nada que ameaçava Fantasia era isso mesmo: o cepticismo, o pragratismo próprio da maioria dos adultos. Acho que nos faria bem a todos uma certa dose do chamado "síndrome de Peter Pan". Afinal, sonhar ainda é gratuito...
Vejam o videoclip da música principal do filme: Neverending Story, interpretada por Limahl.
Que puto não sonhou voar às costas de um cão-dragão ao ver estas imagens? Eu sei que fui um dos que sonhou :)

Solteiro/a? Porque não fazes um blog?

Às vezes, os pequenos pensamentos que nos surgem no dia-a-dia são o mote para verdadeiras reflexões profundas e cheias de significado. Esses pequenos pensamentos podem ser lembranças de algo que temos que fazer, recordações de algo que se passou, alguma conversa que ouvimos ou uma reacção a uma determinada situação que se nos depara. A verdade é que, seja qual for a natureza desses pensamentos, estes funcionam como aquele "click" que nos transporta para outra dimensão de considerações. Foi isso que me aconteceu hoje, e cá estou eu para partilhar as minhas conclusões.
Hoje fui buscar a Cristina (aka Menina da Rádio) ao aeroporto e acabei por jantar com ela e com a Raquel. Afinal, não há melhor programa para um final de domingo do que passar alguns momentos de são convívio entre amigos. Assim, acabado o jantar, ia eu a caminho do Fonseca (o meu alter-ego automóvel), quando pensei: "São nove horas e amanhã só tenho aulas às 10h15. Ainda tenho tempo de fazer alguma coisa no blog." E foi esse pensamento corriqueiro que desencadeou uma série de perguntas e respostas na minha cabeça. Quais? Que considerações tão filosóficas podem ser desencadeadas por uma simples planificação de serão?
Pois bem, nessa altura lembrei-me naqueles solteirões (a palavra aplica-se a ambos os géneros) que arranjam um cão ou um gato para preencher os seus momentos de solidão, quando chegam a casa à noite, depois do trabalho. Ao que parece, já lá vai o tempo em que viver sozinho e apenas ter em casa um animal de estimação para lhe fazer companhia era a marca registada de um solteirão. Acho que, com o evoluir do tempo e da própria tecnologia e com o sempre crescente ritmo do dia-a-dia , nós (sim, porque me assumo plenamente como um desses solteirões - umas vezes por opção, outras, nem por isso) acabamos por procurar outros estratagemas para nos entreter, nos períodos de tempo que dedicamos única e exclusivamente a nós próprios.
Será que em vez de ouvirmos "Coitado/a, é solteiro/a. Vive sozinho/a com o seu cão/gato." vamos passar a ouvir "Coitado/a, é solteiro/a. Vive sozinho/a com o seu blog."? Ou será que os nossos amigos que vivem em casais vão passar a dizer: "Tás sozinho? Porque é que nao fazes um blog?" São os ventos da modernidade...

Nota informativa

Serve o presente post para informar que, na onda da recente videomania, o post de 19 de Março, "Beauty and the Beast" foi alterado. Vão lá ver o video.

Não sei. Só se foi o Jaime! - The movie

Depois do sucesso estrondoso que a Short Story "Não sei. Só se foi o Jaime!" obteve neste blog, chegou a altura desta passar para o pequeno ecrã. Espero que gostem de ver, ou rever estes momentos de amena cavaqueira, de um serão entre amigos.
Ficha técnica:
Realização: Pedro Cordeiro aka Pedrim
Imagem e Som: Sérgio Teles aka Sérgim
Elenco
Francisco Serpa .................... Xiquim
Pedro Cordeiro .................... Pedrim
João Paulo Medeiros .................... Jotapim
Paulo Rodrigues .................... Palim
Sérgio Teles .................... Sérgim (atrás da câmara)
This movie was based on a true story. The names and places wasn't changed because there were no victims to protect. No animals were harmed during this story (The bird was lucky!).

Dedicado ao Sérgim

Este Post é inteiramente dedicado ao meu amigo Sérgim. Graças a ele, o meu humilde bloggim pôde entrar na era da multimédia. Agora é um "ver se te avias" de arranjar videos para encorporar neste meu cantinho cibernético. Para além disso, foi o Sérgim que salvou o Massames da primeira e desastrosa experiência lavada a cabo por mim de colocar um video cá. Sem ele, o Blog do Xiquim seria assim tipo um Michael Jackson: deformado e irreconhecível. A ti, miguito, o meu muuuuuuuuuuuuuuito obrigado! Tou à tua espera para a semana ;)


Ps- O espaço de comentários encontra-se aberto, inclusivé a todo e qualquer anónimo que queira deixar mensagens em que ateste a sua pequenez mental. lol lol e relol!

Friday, May 05, 2006

Carrie and Big: ao menos na TV há finais felizes...

Thursday, May 04, 2006

Adeus Gê Nê Tê!



Foi há mais ou menos um mês que os portugueses assinantes da TV Cabo se viram privados de um dos canais estrangeiros com maior audiência. Não se sabendo ao certo porquê, o que é certo é que o GNT foi retirado da programação deste serviço televisivo. No seu lugar, numa tentativa de colmatar a falta de um canal brasileiro, surgiu a Record, fraca alternativa para o canal extinto. Quando digo "fraca alternativa", estou, obviamente a ser muuuuuuuuuuuuuuuuuito simpático e politicamente correcto. Sim, porque o que me apetecia mesmo era dizer que se trata de um canal de merda! Sejamos honestos...
O fim do GNT foi presenciado com grande pesar pela população portuguesa adepta das produções da Rede Globo, para já não falar na crescente comunidade brasileira em Portugal. Trago-vos hoje o depoimento de uma dessas assíduas telespectadoras, recentemente recuperada do coma profundo em que caiu quando recebeu tão triste notícia. Todos nós a conhecemos, penso eu... Passo então a transcrever as primeiras declarações públicas de Dona Rosette:
"Portuguesis, portuguesas, cá beijinho. Voltei hoje pra casa, para a companhia do meu Goveia, depois de ter estado um mês em coma, por causa de uma travadinha que me deu. E porque é que me deu essa travadinha, perguntam-me vocês, portuguesis e portuguesas? Vou-vos contari. Estava eu, escansadinha a fazer zapi nos canais da TV Cabo e chego ao númaro onzi. Então pensei: «A seguir vem o Gê Nê Tê! Aproveito que o comer tá ao lumi e vejo o Vidó shô.» Qual não foi o meu espanto quando vi que no lugar do Vidó Shô tava a dari um programa em que as pessoas ligavam para um rapazito engravatado a dizer que eram uns pobres coitados... E ele a dizeri que Jesus é o Senhori, e tudo e tudo e tudo... O Gê Nê Tê tinha sido substituido pela TV Recordi. Sei-vos dizer que não me lembro de mais nada, até acordar toda entubada numa cama de hospital, ca boca seca e toda espentiada.
Hoji não vos trago a sagrada palavra da programação... Aproveito apenas este espaço cedido no blog do Xiquim para dizer que tou muito triste, muito esgustosa, e tudo e tudo e tudo, porque se acabou o nosso Gê Nê Tê. O que vamos fazeri agora sem o nosso "Sai di baixo", sem o nosso "Mais Vócê", o nosso "Vidó Shô" ou o nosso "Dómingão do Faustão"? E logo agora que estava a transmitiri o "Cloni", ca nossa Jadi toda feliz e contenti, ca barriguita a dari a dari, a ver se dava com o seu Lucas em doido com a dança do ventri! Sim, logo agora que andava a aprenderi a dançar aquilo, a ver se o meu Goveia desprega os olhos do Sport TV e cumpre os deveres conjugais! Agora pergunto: «Isto tá légali?» Resposta: «Não, isto não tá legáli!» Pergunta: «Isto tá légali?» Resposta: «Não, isto não tá legali!»
Cá um apelo, senhori presidenti da TV Cabo: Devolva o Gê Nê Tê! Devolta a Marineti. Devolva o Conversetta Jeitosa! Se o Gê Nê Tê voltar, eu até passo a ver os jogos do Brasileirão: Palavra de Rosette!"
O blog do Xiquim junta a sua voz ao apelo da Dona Rosette. Espero que não demore muito para que a administração da TV Cabo recupere o juízo e veja a asneira que fez ao fazer uma troca tão descabida. Nada tenho contra a entrada da Record para a programação, desde que isso não signifique a falta do GNT. Afinal, seria apenas mais um canal de fraco interesse pelo qual nós passaríamos sem parar quando fazemos zapping. Qualquer dia, e tendo em conta que a referida emissora pertence à IURD, para além da conta da TV Cabo, ainda passamos a receber o recibo para pagarmos o dízimo!

Mudam-se os tempos, mudam-se os mandamentos...

Monday, May 01, 2006

Just a thought...

“Maybe the past is like an anchor, holding us back… Maybe, you have to let go of who you were, to became who you will be.”
(Carrie Bradshaw, in Sex and the City)